Esses dias eu estava lembrando do trote que levei quando entrei na faculdade. Infelizmente não tenho nenhuma foto pra recordação. Na FKB não é permitido trote dentro do câmpus, então os veteranos costumam aplica-lo no Canecão (barzinho de frente da facul) ou então no busão, que foi o meu caso. Zuaram meu cabelo, minha roupa, eu fiquei todo sujo de tinta de carimbo azul e fedendo, pois me deram banho de "perfume" (uma mistura de óleo de fritura velho, com outras gororobas curtida numa garrafa pet), detalhe: somente eu e mais três na sala estavamos nesta situação.
Confesso pra você que hoje lembro com saudade desse dia (tenho minha camiseta guardada até hoje) e que sou a favor do trote como via de integração entre calouros e veteranos, mas sempre tem uns veteranos sem noção que acabam estragando a brincadeira e fazendo com que tudo perca a graça.
O trote é para ser uma brincadeira saudável onde o calouro deve sentir-se recepcionado e se enturme mais rápido com a rapaziada. Com essa intenção os veteranos da Fatec de Itapetininga criaram um manual de sobrevivência do bixo, com dicas de como se virar na faculdade (secretaria, biblioteca, sala de informática etc) e o perfil de cada professor com o que cada um gosta ou não gosta em sala de aula.
Se você que está se preparando para o vestibular passar, a calourada será algo inevitável, mas lembre-se ninguém pode te obrigar a fazer aquilo que não está afim, como ingerir líquidos estranhos, fazer qualquer outra coisa que vá contra seus valores ou te prejudiquem de alguma forma.
Bacana mesmo, são os trotes solidários que algumas faculdades promovem, como pedágios que o dinheiro arrecadado ao invés de virar em cerveja vão pra uma instituição de caridade, o recrutamento de calouros pra restaurarem e pintarem creches, arrecadação de alimentos, agasalhos, materiais escolares e doação de sangue.
O mais importante de tudo é se divertir e fazer amizade, mas que é muito engraçado ver neguinho matando formiga a grito, isso é.
foto: www.andrevascooficial.blogger.com.br
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