sábado, 12 de dezembro de 2009

Sem paletó por Caio Caprioli

Dos vários assuntos que me interessam, moda está entre eles.
A maneira como as pessoas se vestem expressam parte do que elas são e pensam, por isso, que gosto e me divirto muito com este tema, apesar de não me considerar um metrossexual e nem especialista na área.
O pouco que busco saber e conhecer é para autossobrevivência.
Não sei definir meu estilo (acho que ele varia com meu humor) e não costumo seguir à risca "o que está na moda", procuro me informar sobre tendências (pra não pagar mico) e usá-las de maneira que me façam sentir à vontade.
Como não tenho muita grana, costumo investir em peças atemporais e básicas e fazer sobreposições para obter looks diferentes.
Um blog que consulto com frequência é o 'Sem Paletó - porque homem não precisa se vestir sempre igual' de Caio Caprioli (veja link entre meus favoritos) que dá dicas para caras que como eu se preocupam com o que vestir.
Diferente de outros blogs do gênero o 'Sem Paletó' não é o que eu chamaria de ditador de moda, mas esclarecedor do que convém ou não.
De maneira muito desencanada e informal Caio Caprioli dá dicas de como homens podem sair do visual convensional sem correr o risco de optar por algo muito alternativo.
As postagens são feitas esporadicamente e o autor está reformulando o formato do blog (pelo que percebi, ele tem a intenção de torná-lo mais interativo).
E para os que acham que moda é coisa para maricas, segue um recado da Glória Kalil:
Um homem que veste bem uma roupa, passa a informação de que é uma pessoa atualizada.

DEPRESSÃO PÓS-FACULDADE - DPF

Pesquisei no google e achei o texto que fala sobre a depressão pós-faculdade.

Você passa quatro anos indo para o mesmo lugar todos os dias, vendo as mesmas pessoas, falando sobre o mesmo assunto, agüentando os mesmos professores chatos, idolatrando os mesmos professores ótimos, reclamando dos mesmos problemas, comendo o mesmo salgado, bebendo no mesmo boteco fedido.

Você passa quatro anos querendo sair mais cedo da aula, todos os dias contando as moedas pra tirar mais uma das milhares de xerox, se revoltando com a quantidade de páginas da xerox, se desesperando nas provas, quebrando a cabeça pra fazer uma pauta, deixando de dormir até mais tarde no fim de semana pra fazer o tal do trabalho, indo dormir mais tarde pra fazer o tal do trabalho.

Isso tudo, sem contar o último ano, em que todos esses fatores são multiplicados por quantas vezes você achar melhor.

E lá vem a monografia, que tira seu tempo, seu sono, sua paciência, seus fins de semana, seus feriados, suas refeições bem feitas, seu namorado, suas noites bem-dormidas, sua diversão.

Mas, em compensação você ganha, entre os itens que mais se destacam, um belo par de olheiras e aversão à gráficas (incluindo as pessoas que lá trabalham) e impressoras (um grande parabéns aos que não quebraram ou não deram pelo menos um soco em alguma).

Não podemos deixar de citar as brigas com o seu grupo ou com uma colega de classe e as incontáveis vezes em que você escreveu, reescreveu, editou, gravou, fotografou, deletou tudo e começou de novo.

Chega o grande dia e junto com ele, um imenso alívio. É isso. Acabou.Tchau. Bye bye. Até mais. Te vejo por aí.

Você trabalha e depois das 18h vai para casa. No dia seguinte também. E no outro, e no outro.

Alguns arrumam outras atividades pra ocupar o tempo. Outros simplesmente vão pra casa, sentam-se no sofá e assistem tv, dormem, comem, babam na almofada sem se importar em ver o tempo passar. Mas, têm também aqueles que sentem um enorme vazio.

Cadê os meus amigos pra conversar?

E os textos que eu tinha pra ler?

Para onde foram professores que eu parava para trocar idéia no corredor?

Cadê tudo o que eu fazia todos os dias?

Cadê as pessoas que eu convivia?

Acabou?

É meu amigo, está com esses sintomas? Então você está com a tal da DPF-Depressão pós-faculdade.

Tudo aquilo que você xingou por anos, agora faz uma falta enorme aí na sua vida. Ficou um buraco. E se você não aproveitou, esse buraco fica ainda maior.

Portanto, se durante os quatro anos você não quis comer aquele salgado gorduroso, tomar a cerveja no boteco da esquina, comprar a trufa que sua colega vendia, fazer a pauta, escrever a matéria, gravar o programa, pegar a sonora , fotografar o fulano, diagramar o texto, estudar pra prova, pedir pro professor tirar sua falta, conversar durante a aula e tomar bronca, dar uma de nerd e responder o que o professor pergunta e muito, muuuuito mais… Perdeu.

Se você está entrando na faculdade agora, aproveite cada minuto. Xingue, mas não deixe nada passar.

Agora, se assim como eu, você fez tudo isso e com muito orgulho, curta a saudade, reencontre os amigos e professores e lembre-se que essa foi uma das melhores épocas da sua vida.

E que, da faculdade, você tire pelo menos esta lição: os momentos e as pessoas são únicos !!!

E as oportunidades também.

Vai deixar saudades!!!!!

Eu por mim mesmo

Qualquer semelhança não é mera coincidência.
centro: eu com quase 30 anos
laterais: meu pai com 30 anos

Nossa amizade não é só para momentos de sinergia...

Quando disse que dentre as cem pessoas que compunham a minha turma estavam as que se tornariam fundamentais e importantes em minha vida e formação, eu me referia à eles.
Marcelinho, Cris, eu e Shu

Shuelen, Cris, Marcelinho e eu nos conhecemos no primeiro ano de faculdade, mas foram nos últimos que vivemos as situações que provariam que a nossa amizade é para qualquer hora e situação.

Marcelinho: o pensador

Tem sempre uma frase adequada para cada situação. As mais marcantes foram:

“Se não sabe ajudar, atrapalhe. O importante é participar!”

“Se o problema não tem solução, porque se preocupar? Se o problema tem solução, porque se preocupar?”

“Nada é tão ruim que não possa ficar pior.”

“No final tudo acaba bem, se ainda não está bem, é porque não acabou.”

“Eu gosto é da desvantagem.”

Seu maior sonho é se afogar num tsunami de cerveja e suas maiores qualidades são a generosidade e companheirismo.

Cristiane: poderosa e charmosa

Suas principais características são o alto astral, o charme e a maneira como se dedica às suas paixões.

Muito batalhadora não mede esforços para realizar seus sonhos (luta sozinha se preciso) e ainda tem um tempinho para dar uma força e ajudar os amigos.

Shuelen: a encanada

A mais humilde de todos; sua família e os amigos estão sempre em primeiro lugar.

Sua generosidade é tão grande que não pensa duas vezes para dividir o que tem. Está sempre grilada com medo de atrapalhar ou incomodar alguém.

É a que tenta aliviar as tensões nas eventuais discussões do grupo.

Luiz Cláudio: o privilegiado

Com estes três aprendi o verdadeiro sentido e valor da amizade. Nossos momentos de descontração e dor ficarão marcados para sempre em minha história que um dia será contada para meus filhos e netos (quero dizer, contarei quase tudo hehehehehe).

Cris, Marcelo e Shu...

É difícil demonstrar em gestos e palavras o quanto são importantes para mim, gostaria que soubessem que estes quatro anos valeram à pena porque estiveram ao meu lado.

Obrigado por me aceitarem como sou, por me mostrarem o lado divertido e desencanado da vida e por estarem comigo no momento mais difícil pelo qual passei.

A todos vocês muita sorte e sucesso e que Deus nos abençoe para o maior desafio de nossa amizade, o tempo e a distância.

Grande abraço

Luiz

A faculdade

Caros amigos,
Na faculdade fechei minhas notas em todas as matérias, fui aprovado com nota máxima na defesa da minha pesquisa, meu estágio e minhas atividades complementares estão todas OK... resta correr pro abraço... Enquanto espero pelos dias da colação de grau e do baile, sofro antecipadamente de depressão pós faculdade (que é aquela sensação de vazio que a gente sente geralmente no horário que estaria na faculdade). Para dar vazão a essa nostalgia segue um texto sobre um fragmento do que foi a faculdade na minha vida.
A FACULDADE
Me lembro como se fosse hoje do meu primeiro dia de aula.
Desci do ônibus todo sujo, com o cabelo estragado e com a roupa rasgada por causa do trote. No peito, uma agradável ansiedade sobre tudo que estaria por vir, era o início de um novo ciclo, uma nova fase em minha vida. Na ocasião não tinha consciência, mas estava me despedindo de mim mesmo, estava prestes a me tornar outra pessoa.
Ao adentrar a sala de aula, me deparei com aqueles com quem compartilharia os quatro anos seguintes de minha vida. Que loucura! Dentre as quase cem pessoas que compunham a turma estavam as que se tornariam fundamentais e importantes em minha vida e formação.
Na época eu era uma pessoa extremamente segura de mim, arrogante, convicto dos meus valores, cheio de pré-conceitos, ostentando heróis, vivendo alguns conflitos (comuns considerando o contexto que me encontrava) e com muitas expectativas.
Quanto à formação acadêmica, não houve surpresas, tive acesso a grade curricular com antecedência (que foi rigorosamente seguida). O que me surpreendeu foi a formação humana pela qual passei, aprendi muito mais com as paixões, os valores, ideais e as utopias dos meus professores do que com as antigas teorias que há gerações são apregoadas.
Pude contar com uma equipe de mestres além de competentes, apaixonados pelo que fazem.
O professor Marcelo é o melhor professor de matemática que eu conheci até hoje, ele me mostrou que a matemática É SIM um monstro, mas que esse monstro pode ser enfrentado e vencido.
A professora Maristela me ensinou que os paradigmas existem para serem quebrados.
O professor Edgar me ensinou que há sempre tempo de mudança e que para que estas aconteçam é necessário tempo e tolerância.
O professor Milton foi extremamente companheiro quando perdi meu pai e me ensinou que o sucesso está em seguir nossas paixões.
O professor Alexandre sempre exigente me ensinou que há várias maneiras de conquistar o que acreditamos e que a reflexão é a maior liberdade que um homem pode almejar.
A professora Nathalia me ensinou que a escrita é uma das ferramentas para praticar a liberdade obtida pela reflexão.
O professor José Carlos é o mais meigo de todos e me ensinou a valorizar as coisas simples da vida.
Através do convívio com estas pessoas constatei que o mundo do aluno tem o tamanho da ousadia do professor. Pela descrição acima você pode imaginar minha atual dimensão de mundo.
Quanto a mim, alguns dizem que continuo arrogante, porém, meus valores eu os reformulei, meus pré-conceitos estou tentando superar, meus heróis sucumbiram e hoje vivo novos conflitos.
Por conta de todas as experiências vividas nestes últimos quatro anos, posso afirmar que hoje tenho consciência do espaço que ocupo no mundo, das minhas responsabilidades na sociedade, passei a entender a citação em que Henfil nos diz que ter consciência não nos obriga a sermos conscientes, passei a ter causa para minhas rebeldias, ser mais tolerante com as diferenças e a crer cada dia mais em utopias (são elas que movem o mundo).
Mais um ciclo se encerra em minha vida, além das já citadas acima, muitas outras situações por quais passei contribuíram para que chegasse onde cheguei e me tornasse o que me tornei.
Na essência continuo o mesmo e pronto para uma nova etapa desta festa que insistimos em chamar de vida.
PS: Existem alguns erros que se justificam somente quando cometidos na fase de faculdade e que muitas vezes agregam mais valores que alguns acertos.