Haia Lispector era ucraniana e judia, veio morar no Brasil com a família quando tinha 1 ano de idade e teve seu nome abrasileirado para Clarice. Apesar de formada em direito nunca advogou. Atuou durante toda a vida como jornalista e escritora.
Serviu como voluntária na campanha da Itália durante a II Guerra Mundial, no corpo de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira enquanto casada com o diplomata Maury Gurgel Valente de quem se separou anos depois. Mãe de Pedro e Paulo sempre se dividiu entre a educação dos filhos e seu trabalho.
De opinião formada, sentimental e à frente de seu tempo, nunca se considerou uma intelectual apesar de muitos afirmarem o contrário. Tinha medo de se expor e nunca escreveu uma autobiografia, porém é possível entender Clarisse ao ler seus textos. Apesar de politizada escrevia com o coração, foi forte sem nunca deixar de ser feminina, escrevia expontâneamente sem nenhum esforço, sua sensibilidade ao escrever a colocou entre as divas da literatura brasileira.
sábado, 27 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Viaje +
(mulheres indianas)
“O contato com as diferenças culturais, religiosas e até gastronômicas nos faz mais tolerantes, talvez até mais humildes.”
Bruno Alves – fotógrafo
O canto dos Malditos
Neste livro Austregésilo Carrano Bueno conta sua experiência nos hospitais psiquiátricos e denuncia os absurdos cometidos diariamente nestas instituições.
O livro baseou o premiado filme 'Bicho de Sete Cabeças' com o ator Rodrigo Santoro. Recomendo tanto o livro quanto o filme, mas aconselho que leia o livro antes de ver o filme.Pensamentos e Pensadores
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
O embolorado Espírito Natalino
O período de festas deste ano está me deixando bastante irritado. O apelo comercial, a perda do verdadeiro sentido da data, a falta de criatividade da programação dos canais de TV, tudo isso muito comum nesta época têm contribuido muito para meu stress natalino.
Mas o que me incomoda realmente é o comportamento que as pessoas assumem neste período, elas se tornam patéticamente solidárias, fraternas e agregam isso ao espírito do natal, ou seja, não é sincero, é resultado de indução.
O desgastado discurso de que estamos num período de confraternização, de reconsciliação, de amor são provenientes do contexto da data. As mobilizações de arrecadação "para proporcionar um Natal mais digno para os necessitados" não passam de peso na consciência, servem para isentar do desconforto de não ter sido uma pessoa melhor no ano que passou.
Porque esse espírito natalino não perdura nos demais dias do ano? Porque as pessoas não se reinventam à cada manhã? Porque a fraternidade não é cultivada em cada situação do cotidiano, o perdão constante?
Todas as promessas, os votos, os sonhos que se renovaram se perdem na ressaca e no mau humor do dia 02 de janeiro. Engavetamos o espírito natalino junto com os enfeites e presentes que não nos agradaram.
Talvez a intensidade das mudanças e situações pelas quais passei no decorrer de 2008 fizeram de mim uma pessoa mais neurótica, ou então, mais crítica, por isso penso assim. Eu só queria que as pessoas entendessem que não existe data certa para fazer o bem, para recomessar, para amar, perdoar , sonhar e reinventar.
A luz vence a escuridão todos os dias.
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