quarta-feira, 21 de abril de 2010

Epitáfio

"Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: não tenho medo de vivê-la."

Hoje eu tô afim de...

"Correr riscos."

Correr riscos

Viver nada mais é que correr riscos.
Correr o risco de não ter seus sonhos realizados, de buscar algo e não alcançar, de amar e não ser correspondido ou de sofrer por amor. Mas viver também é correr o risco de festejar conquistas, de viver um amor para sempre, de se levantar após uma queda, de ter a satisfação de saber que tudo, de um jeito ou de outro, acabou bem.
Viver e não correr riscos é como ostentar asas e não poder voar, é como ter uma namorada e não poder beijá-la, como ter um amigo e não poder abraçá-lo, é vencer e não ter com quem comemorar.
Viver consiste em encontrar pedras no caminho e encará-las como problemas ou oportunidades, fazer escolhas sem ter a certeza de êxito, tirar proveito das experiências difíceis e se esbaldar nos bons momentos da vida.
Viver é tornar o simples especial, é encarar o desconhecido, é dar uma ajudinha ao acaso.
Viver é ter consciência e não ser consciente, é sair da zona de conforto, é crescer e crescer dói.
Viver é uma constante encruzilhada, escolher caminhos.
Ousar ser feliz ou se aprisionar numa gaiola de medos? Ser protagonista ou ficar passivo na platéia vendo meus medos e emoções tomarem decisões por mim?
Se proteger da vida é como estar numa festa e não se divertir, é chegar ao final de uma trajetória e tecer uma manta de lamentações.
Se eu pudesse dar um conselho diria: corra riscos, opte por aquilo que faz seu coração vibrar, apesar de todas as conseqüências.
Corra o risco de ser você mesmo, de não agradar a todos, de perder o equilíbrio, de comer e engordar, de parecer patético.
Corra o risco de não ser compreendido, de não ser aceito, de quebrar a cara, de se arrepender.
Corra o risco de mudar de idéia, de ousar, de perder tempo, de se apaixonar, de parecer diferente.
A vida é uma oportunidade única, por isso, CORRA O RISCO DE SER FELIZ.

Pensamentos e Pensadores

"Se não for pra me fazer voar, nem tire os meus pés do chão."

Asas

"Preciso de asas, elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes dos nossos semelhantes e aprender com eles." P. Coelho

PROCURO UM AMOR...

... que me faça parecer ridículo à cada expressão de juras e declarações.
Procuro um amor para que eu possa preencher meus sonhos enquanto durmo e que me faça sonhar acordado.
Procuro um amor para que possamos rir juntos, pisar descalços na grama, dividir uma taça de sorvete e assistirmos a um filme água com açúcar.
Procuro um amor para viver uma história de sutilezas e coisas simples, para que possamos rir de nossas diferenças e não levar as semelhanças tão a sério.
Procuro um amor que não tenha pressa nenhuma, que não faça planos e se preocupe somente com o que faremos agora.
Procuro um amor que dance comigo a noite inteira e que faça cada minuto parecer o sempre.
Procuro um amor para sussurrar cafonices ao pé do ouvido, para sentirmos arrepios sem que esteja frio.
Procuro um amor que me faça sentir o homem mais sortudo do mundo, que me faça quebrar a cabeça e percorrer lojas e lojas em busca do presente ideal.
Procuro um amor que me faça sentir borboletas no estômago, que me faça escrever poemas ruins e outras bobagens.
Procuro um amor que me faça suspirar de saudade e que banalize todos os pseudo-amores que passaram em minha vida.
Procuro um amor para sermos felizes.
"Os olhos refletem a força da alma."

O retrato.

No momento em que termino de escrever estas páginas, existem vários ditadores no poder. Um país do Oriente Médio foi invadido pela única superpotência mundial. Os terroristas estão ganhando cada vez mais adeptos. Os fundamentalistas cristãos são capazes de eleger presidentes. A busca espiritual é manipulada por várias seitas que alegam deter o “conhecimento absoluto”. Cidades inteiras são riscadas do mapa pela fúria da natureza. O poder do mundo inteiro está concentrado nas mãos de seis mil pessoas, segundo pesquisa de um reputado intelectual americano.
Existem milhares de prisioneiros de consciência em todos os continentes. A tortura volta a ser tolerada como um método interrogatório. Os países ricos fecham suas fronteiras. Os países pobres assistem a um êxodo sem precedentes de seus habitantes em busca do Eldorado. Os genocídios continuam em pelo menos dois países africanos. O sistema econômico dá mostras de exaustão, e grandes fortunas começam a ruir. O trabalho escravo infantil tornou-se uma constante. Centenas de milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza absoluta. A proliferação nuclear é aceita como irreversível. Surgem novas doenças. Antigas doenças ainda não foram controladas.
Mas é este o retrato do mundo em que vivo?
COELHO, Paulo; O vencedor está só. Rio de Janeiro: Agir, 2008.