PASSEAR DE BALÃO
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
De repente 30
Fazer 30 anos é se dar conta que você não precisa provar nada pra ninguém, sou o que sou e pronto!
É se dar ao luxo de dizer NÃO preciso, NÃO quero, NÃO posso.
Talvez seja uma segunda adolescência onde a rebeldia é sem causa por opção.
Aos trinta se concilia a juventude com a experiência, prioriza-se a qualidade à quantidade e o tempo passa a ser aliado. Nos dias de tempestades dançamos na chuva ao invés de espera-la passar.
30 anos é a idade do sucesso, pois as maiores conquistas acontecem nessa década, os sonhos permanecem, as vitórias continuam válidas e sensatez continua não fazendo sentido.
Nem nos meus maiores surtos me imaginaria como sou, mudaria algumas situações, enquanto que em outras não seria tão criativo.
A nostalgia é consequência que tende a piorar.
A pior parte de ter 30 anos talvez esteja na cafonisse dos anos 80 e no disturbio de um dia ter quisto conhecer a nave da Xuxa por dentro, ter dançado com os Menudos e usado gel new wave, isso pra não citar as músicas que foram sucesso na época, mas tudo bem, precisamos rir de alguma coisa. Tem os Trapalhões, os cigarrrinhos de chocolate pan e os pinos mágicos que compensam tudo (não se faça de bobo, você se lembra dos pinos mágicos).
Ops! Já fui infectado pela nostalgia...
Nesta data repleta de recordação e reflexões, gostaria de agradecer e homenagear todas as pessoas que conheci nos último 30 anos, foi o fato de tê-los presente que tornou a sobrevivência tão interessante e agradável (nossa que patético, deve ser da idade rsrs).
Ops! Já fui infectado pela nostalgia...
Nesta data repleta de recordação e reflexões, gostaria de agradecer e homenagear todas as pessoas que conheci nos último 30 anos, foi o fato de tê-los presente que tornou a sobrevivência tão interessante e agradável (nossa que patético, deve ser da idade rsrs).
Encerro esse texto com uma citação típica de avó: " 30 anos e ainda não casou?"
KKKKKKKKK
Fazer 30 anos - Affonso Romano de Sant'Anna
QUATRO pessoas, num mesmo dia, me dizem que vão fazer 30 anos. E me anunciam isto com uma certa gravidade. Nenhuma está dizendo: vou tomar um sorvete na esquina, ou: vou ali comprar um jornal. Na verdade estão proclamando: vou fazer 30 anos e, por favor, prestem atenção, quero cumplicidade, porque estou no limiar de alguma coisa grave.
Antes dos 30 as coisas são diferentes. Claro que há algumas datas significativas, mas fazer 7, 14, 18 ou 21 é ir numa escalada montanha acima, enquanto fazer 30 anos é chegar no primeiro grande patamar de onde se pode mais agudamente descortinar.
Fazer 40, 50 ou 60 é um outro ritual, uma outra crônica, e um dia eu chego lá. Mas fazer 30 anos é mais que um rito de passagem, é um rito de iniciação, um ato realmente inaugural. Talvez haja quem faça 30 anos aos 25, outros aos 45, e alguns, nunca. Sei que tem gente que não fará jamais 30 anos. Não há como obrigá-los. Não sabem o que perdem os que não querem celebrar os 30 anos. Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.
Até os 30, me dizia um amigo, a gente vai emitindo promissórias. A partir daí é hora de começar a pagar. Mas também se poderia dizer: até essa idade fez-se o aprendizado básico. Cumpriu-se o longo ciclo escolar, que parecia interminável, já se foi do primário ao doutorado. A profissão já deve ter sido escolhida. Já se teve a primeira mesa de trabalho, escritório ou negócio. Já se casou a primeira vez, já se teve o primeiro filho. A vida já se inaugurou em fraldas, fotos, festas, viagens, todo tipo de viagens, até das drogas já retornou quem tinha que retornar. (não se assustem com esse parágrafo, esse texto foi escrito na década de 80 rsrsrs. by Luiz)
Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente. Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar.
Um dia eu fiz 30 anos. Estava ali no estrangeiro, estranho em toda a estranheza do ser, à beira-mar, na Califórnia. Era um homem e seus trinta anos. Mais que isto: um homem e seus trinta amos. Um homem e seus trinta corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado, arborizando, ao sol e a sós.
Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.
Mas fazer 30 anos é como sair do espaço e penetrar no tempo. E penetrar no tempo é mister de grande responsabilidade. É descobrir outra dimensão além dos dedos da mão. É como se algo mais denso se tivesse criado sob a couraça da casca. Algo, no entanto, mais tênue que uma membrana. Algo como um centro, às vezes móvel, é verdade, mas um centro de dor colorido. Algo mais que uma nebulosa, algo assim pulsante que se entreabrisse em sementes.
Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema. Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.
Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é passar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó.
Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar.
(13.10.85)
happy birthday to me! [2]
O tempo muda tudo. |
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía
A música da vez é...
Don't Stop Believing'
Journey - Composição: Steve Pery/Jonathan Cain/Neal Schon
Just a small town girl
Livin' in a lonely world
She took the midnight train going anywhere
Just a city boy
Born and raised in South Detroit
He took the midnight train going anywhere
A singer in a smoky room
The smell of wine and cheap perfume
For a smile they can share the nightIt goes on and on and on and on
Strangers waitingUp and down the boulevard
Their shadows searching in the night
Streetlights peopleLiving just to find emotion
Hiding somewhere in the night
Working hard to get my fill
Everybody wants a thrill
Payin' anything to roll the dice
Just one more time
Some will win, some will lose
Some were born to sing the blues
Oh, the movie never ends
It goes on and on and on and on
Strangers waiting
Up and down the boulevard
Their shadows searching in the night
Streetlights people
Living just to find emotion
Hiding somewhere in the night
(3x)Don't stop believin'
Hold on to the feelin'
Streetlights people
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