quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A tudo dai graças

Quando ficamos sabendo sobre a existência de “algo” no estômago do meu pai, logo considerei a hipótese de um câncer. Minha primeira atitude depois de lamentar foi a de louvar a Deus pela nossa história e por tudo que passamos juntos. Tanto eu como meu pai demos os nossos vacilos, porém em determinado ponto de nossas vidas percebemos que o rumo da nossa história estava em nossas mãos. Tinhamos dois caminhos a seguir, o de pai e filho que se amavam e não se envergonhavam disso ou a de dois estranhos que dividiam a mesma casa e mal se falavam. A nossa opção foi a primeira e a partir daí os milagres em nossas vidas foram acontecendo a cada abraço, beijo, colo e carinho. Cada um ao seu tempo, do seu jeito. Soubemos aproveitar nossos momentos e as oportunidades que Deus nos deu de sermos felizes, eu dei o primeiro passo, mas meu pai aceitou o momento em que eu estendi a mão para que caminhássemos juntos. Meu pai faleceu em menos de um mês a partir da cirurgia para a retirada total do estômago, por conta do organismo debilitado pela desnutrição não resistiu a elevada carga de medicamentos e partiu para a eternidade numa manhã de quarta-feira. Ainda bem que aproveitei todas as oportunidades que tive para dizer o quanto me orgulho em ser filho dele, pois nas últimas vezes que o vi ele estava em coma induzido e eu não pude ver o brilho dos seus olhos ao ouvir o meu EU TE AMO. O tempo passa muito depressa e nem sempre temos tempo de nos despedir das pessoas que amamos, o que felizmente não foi o meu caso. Partilho a minha história para que você pare agora de ler este texto e vá até as pessoas que você ama e mesmo em tom de brincadeira diga o quanto são importantes para a sua vida.

Um comentário:

Jornalzinho Romano disse...

querido irmao, muito obrigado pela mensagem que vc colocou no bog de vc, muito lindo, sicero e profundo ... vc escreve como voce è mesmo uma pessoa sincera e profonda.
Deus ti abençoe sempre meu querido irmao ! ate logo ...
Ro