Apesar de ser a única certeza que temos na vida é um assunto que as pessoas evitam tratar.
Talvez seja pela dor da ausência, pelas mudanças forçadas que traz, pela dúvida de haver algo depois da passagem ou por simplesmente ser o fim.
O que me assusta é ser SIMPLESMENTE o fim.
A relevância de uma vida cheia de histórias, de bons e maus momentos, erros e acertos, dor, sofrimento, alegrias, euforias, recordações, saudades, paixões, amores, lembranças, arrependimentos e sonhos, tudo isso somado se esvaindo num SIMPLES suspiro.
Morte, a mesma para pobres e ricos, homens e mulheres, sem credo, etnia, religião e caráter.
Algumas são heróicas, amparadas por uma causa ou razão, quase uma opção, outras, a maioria delas, são serenas, sem escolha e cheias de luta, cujo único critério foi a ironia da vida.
A irrelevância da vida perante a morte por sua própria ironia.
Não somos nada, não temos nada nem ninguém, nada nos pertence, a não ser as opções que tomamos em vida.
Por que a levamos tão a sério se sabemos que não sairemos dela vivos?
Tempus fugit, carpe diem, só por hoje... aproveitarei a vida nas sua simplicidade para assim melhor aceitar a morte!
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