sábado, 29 de janeiro de 2011

Sobre o diferente

A bandeira com as cores do arco-íris são hasteadas em muitas culturas de todo o mundo como um sinal de diversidade e inclusão, de esperança e anseio.
É curioso o quanto as pessoas se preocupam em chegar ao senso comum, o esforço que fazem para que as opiniões sejam unânimes.

Em pleno século XXI, com todo o respaldo tecnológico e com o rápido e intenso fluxo de informações que temos as pessoas ainda não se sentem capazes de conviver com o diferente, em aceitar que a receita do que o faz feliz pode não ser a mesma que me faz feliz.

Insistimos de que nosso ponto de vista é o melhor e mais coerente, mas esquecemos que o que forma a opinião das pessoas são as situações que viveram e como reagiram a cada uma delas.

Não aceitamos o diferente e nem convivemos com o divergente porque não sabemos quem somos e isso não nos permite conhecer o outro e acolher toda a sua integralidade.

O fato de não aceitar uma idéia e conviver com ela exige uma postura de tolerância e para isso é necessário que aceitemos as pessoas como são e para aceitá-las, faz-se necessários que nos aceitemos antes.

Parece confuso, mas na prática isso piora (risos).

Não aceitamos as idéias e posturas que fogem do padrão porque o novo e o diferente ameaçam nossa zona de conforto e nos força à adaptação.

Conviver com a diversidade não consiste em aderir a tudo que é novo e alternativo, mas em aceitar e respeitar as pessoas que se encontram nessas idéias.

A diversidade, seja ela qual for, é reflexo de uma sociedade mista de cores, sons, cheiros e sabores e estar disposto a conhecê-los ou não é uma questão de inteligência.

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