sábado, 11 de dezembro de 2010

Somos poucos, mas muito loucos.

São Francisco de Assis

A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que foram salvos, para nós é uma força divina. (I Cor 1, 18)

Ó Senhor envia-nos loucos

Ó Deus envia-nos loucos: os que se esquecem, os que se comprometem a fundo, os que amam além das palavras, os que se entregam verdadeiramente, até o fim...

Precisamos de loucos, de ilógicos, de apaixonados, dos que sejam capazes de se atirar na insegurança, no desconhecido cada vez mais medonho da pobreza, dos que aceitem perder-se na massa anônima, sem desejo nenhum de fazer disso um pedestal.

Dos que não utilizam as superioridades que adquiriram, para seu próprio serviço.

Senhor, vós bem sabeis que o salto nem sempre consiste em romper com os meios ou com o nível de vida, mas numa ruptura mais profunda, consigo mesmo, com o eu ainda egocêntrico, que tudo havia dominado até então.

Precisamos hoje de loucos. Daqueles que preferem um estilo simples de vida, libertadores eficientes do proletariado, amantes da paz, puros sem compromisso, decididos a nunca trair, desprezando a própria vida, resolvidos à abnegação em plenitude.

Capaz de aceitar qualquer trabalho, de ir para qualquer lugar, por disciplina, ao mesmo tempo livres e obedientes, espontâneos e tenazes, doces e fortes. Senhor envia-nos loucos. Amém!

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