Pandora, por Jules Joseph Lefebvre, 1882 |
Conforme a mitolgia grega, o titã Epimeteu recebeu de seu irmão Prometeu, para guardar, uma caixa que continha todos os males que tornariam a vida do homem um caos.
Epimeteu era casado com Pandora criada por Zeus com o auxílio de outros deuses. Pandora foi orientada pelo marido para que não abrisse a caixa, mas instigada pela curiosidade desobedeceu as orientações e deixou que escapassem todos os males contidos nela, mas Pandora fecha a tempo de não libertar o mal que acabaria com a esperança.
Trazemos em nosso íntimo uma caixa como a de Pandora onde guardamos nossos desejos mais obscuros, os males que corrompem nossa alma, nossos medos, carências, tudo aquilo que nos envergonha e que não nos sentimos à vontade em expor.
Muitos mantêm essa caixa lacrada durante grande parte de suas vidas, mas alguma situação ou pessoa faz com que essa caixa se abra e todos esses sentimentos mal trabalhados vêm à tona causando transtornos, dúvidas e sofrimento.
As pessoas que mantêm a caixa de Pandora interior lacrada se tornam amargas e frustradas e as que libertam seus demônios enlouquecem.
É necessário que domemos nossos demônios antes de permitirmos que eles saiam da caixa e para isso é preciso coragem.
Coragem para abrir a própria caixa e enfrentar a si mesmo, colocar-se de frente com os próprios medos e limitações da alma, com a parte do nosso ser que não nos agrada e nos faz sentir vergonha do que somos.
Assim como reconhecemos nossa luz também devemos reconhecer as nossas trevas, pois é somente ao aceitar as minhas limitações que terei paciência em aceitar as do meu irmão.
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